domingo, 28 de setembro de 2014

Violência Educativa

A historia da humanidade sempre foi marcada por conflitos gerados por diferenças culturais e divergências politicas. Geneticamente falando, pode-se atrelar nossa necessidade de manter-se sempre em contato ríspido e agressivo com seres de raças diferentes ao fator animal presente em nossa especie. Trata-se o Homo Sapiens, como o nome sugere, uma família de "sábios humanos", porém, com resquícios intrínsecos dos antepassados selvagens, como o Australopitecineos, Homo Habilis e Homo Erectus, que com o desenvolvimento da comunicação complexa, manufatura de utensílios cortantes e dominação de técnicas de cultivo e amplo conhecimento de sobrevivência, levaram o homem moderno a sobressair-se às demais especies. O que levou a sapiência humana, o ponto de divergência das outras famílias de primatas, tende sempre a evolução continua das técnicas supracitadas, e se há algo além disso, mesmo a ciência pouco sabe. O fato é que, devido a sua grande capacidade de adaptação em regiões com climas, topografias, faunas e floras diversas, o homem contemporâneo, o Homo Sapiens Moderno, alcançou o ápice de povoação do planeta quase por completo, desde desertos escaldantes, picos nevados congelantes e florestas tropicais úmidas e cheias de predadores e sistemas de armadilhas naturais complexas. Não bastasse a constante necessidade de sobrevivência diante da natureza, apenas munido com sua ainda escassa tecnologia mesmo que um machado feito de pedra possa ser considerado um trunfo tecnológico complexo,  o homem seguiu os traços genéticos dos símios menos adestrados e dos animais mais selvagens, concluindo que, homens por natureza são perigosos. Sendo assim, os clãs mais desenvolvidos, e seria redundante dizer que se tratavam dos homens mais espertos, prezaram pela segurança e fortalecimento de sua familia, fosse através da segurança de seu território, não urinando em cada arvore mas sim empunhando lanças afiadas,  ou mesmo invadindo a aldeia de outras famílias para pilhar comidas e ferramentas, exterminando os homens sobreviventes, sequestrando as mulheres para proliferarem sua seiva genética e deixando as crianças para serem devoradas por bestas e feras. Diante desse panorama surgiram ceitas, crenças, unidades administrativas e politicas, e a escravidão foi somente uma forma de se aproveitar melhor os resquícios de uma guerra.

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